domingo, outubro 01, 2006

Professoras da Escola Queiroz Telles Compartilham Experiências No Curso Letra e Vida

No dia 22 de setembro as professoras Rita de Educação Artística e a professora Ângela da Classe Hospitalar compartilharam suas experiências com as professoras cursistas do Curso Letra e Vida da Turma da Veralice. A professora Rita falou sobre o Haicai, poema de origem japonesa e a professora Ângela, que também é contadora de história, explicou como é importante que os professores contem histórias para seus alunos, durante o processo de alfabetização.


Haicai

Poema de origem japonesa que chega ao Brasil no início do século XX.

Haicai clássico japonês:

  • 17 sílabas, dividida em três versos de 5, 7 e 5 sílabas;
  • referência à natureza - termos de estação (kigô);
  • refere-se a um evento particular;
  • apresenta tal evento como “acontecendo agora”
Apresenta um tema, mas não possui título.

Na apropriação cultural, algumas das regras anteriores são seguidas com maior ou menor fidelidade, outras são ignoradas.

O haicai é a descrição objetiva de uma sensação física, que além do visual, pode também ser auditiva, tátil, olfativa ou de paladar. Esta sensação pode disparar uma lembrança ou um sentimento que pode ser expresso no poema. A sensação psicológica sempre nasce depois da sensação física.

“Haicai não é síntese, no sentido de dizer o máximo e o mínimo. É antes a arte de, com o mínimo, obter o suficiente”. (Paulo Franchetti)

Para alcançar a concisão do haicai, é importante insistir na simplicidade, na essência.

Haicai é assim: idéia em plenitude, simplicidade.


Fontes:

www.kakinet.com

www.sumauma.net

www.kplus.cosmo.com.br


Poetrix

Terceto contemporâneo de temática livre, com título, ritmo, metáforas, outras figuras de linguagem, de pensamento ou teor satírico.

Maresia

Cheiro salgado

Corrosiva e fria maresia

Decompõe nosso passado

(Lílian Maial)

Fonte:

www.prosaepoesia.com.br



Contando histórias e ensinando a ler e escrever

Como se Aprende a ler e escrever? Pode ser uma aprendizagem de natureza perceptual e motora ou de natureza conceitual. O ensino, no primeiro caso, pode estar baseado no reconhecimento e na cópia de letras, sílabas e palavras. No segundo, no planejamento intencional de práticas sociais mediadas pela escrita, para que as crianças delas participem e recebam informações contextualizadas.

O que é a escrita? Há quem defenda ser um simples código de transcrição da fala e os que acreditam ser ela um sistema de representação da linguagem, um objeto social complexo com diferentes usos e funções.

Há quem valorize a presença da cultura escrita na educação do período de alfabetização por entender que para o processo de alfabetização é importante a criança ter familiaridade com o mundo dos textos.

Nas séries iniciais as crianças recebem informações sobre a escrita quando brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos, manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, livros, fascículos etc., e o professor lê para a turma e serve de escriba na produção de textos coletivos.

Alguns alunos estão imersos nesse contexto, convivendo com adultos e com livros em casa e aprendendo as letras no teclado do computador. Eles fazem parte de um mundo letrado, de um ambiente alfabetizador.

Grande parte das crianças depende desse espaço para ter acesso a esse patrimônio cultural.

A educação nas séries iniciais é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Ao democratizar o acesso à cultura escrita, ela contribui para minimizar diferenças sócio-culturais. Para que os alunos aprendam a ler e escrever, é preciso que participem de atos de leitura e escrita desde o início da escolarização. O professor nesta fase é que vai fazer a diferença. Para se ter um aluno leitor e escritor o professor precisa servir de modelo para sua turma.

Se a escola de Ensino Fundamental cumprir seu papel, envolvendo os pequenos em atividades que os façam pensar e compreender a escrita, no final dessa estapa eles estarão naturalmente alfabetizados ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores.


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