Com esse tipo de atividade, a escola busca estimular o gosto das crianças pelas apresentações de orquestras (um tipo de evento cultural que é pouco difundido), para que passem a freqüentar teatros como a Sala São Paulo e, quem sabe, alguns deles até venham a estudar música por diversão ou para seguir carreira.
O Programa Descubra a Orquestra é uma iniciativa da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo - Osesp e inclui tanto eventos didáticos para crianças e adolescentes, como esse do qual os nossos alunos participaram, quanto cursos e workshops para professores, ques integram o Programa Formação de Professores.
Curiosidades sobre a música orquestral
O Concerto
O “concerto” é uma das estruturas ou “fôrmas” que um compositor pode utilizar para escrever uma música: ele molda suas idéias musicais em uma esturuta pré-estabelecida. Um concerto é também uma peça orquestral dividida em partes, chamadas “movimentos”, e possui um instrumento solista que se destaca do restante da orquestra. A maiorira dos concertos alterna o andamento dos seus movimentos: um é rápido, o seguinte é lento e assim por diante.
A Ópera
Uma ópera é uma história musicada e encenada, cujos personagens são cantores. Esta história é usualmente baseada em um libreto, uma narrativa que serve de guia para o compositor. Aliás, libretistas constituíam uma profissão no passado e havia compositores que eram fiéis por toda a vida ao seu libretistas. Essas histórias são divididas em atos, e chamamos de abertura o início orquestral do primeiro ato.
A Partitura orquestral
A partitura orquestral utilizada regentes compreende todos os instrumentos que tocam a obra. Os istrumentos da orquestra e de conjuntos normalmente aparecem na seguinte ordem:
- Flauta • oboé • clarinete • saxofone • fagote
- Trompa • trompete • trombone • tuba
- Percussão
- Harpa • teclados
- Outros instrumentos de corda pinçada
- Baixo-contínuo
- Fita eletrônica
- Voz ou vozes quando tratadas como instrumentos (coro)
- Primeiros violinos • segundos violinos • viola • violoncelo • contrabaixo
Estação Júlio Prestes
A cidade de São Paulo desenvolveu sua indústria numa época marcada por grandes mudanças. O renome da cidade veio quando a economia paulista dependia da produção de café do estado. Desta forma, muito do que se desenvolveu na cidade naqueles anos estava ligado às necessidades da produção e comércio dos barões do café.
A grande quantidade de grãos produzida no planalto paulista precisava de uma maneira de escoar, ser comercializada. Sendo assim, se construiu a estrada de ferro sorocabana. E a estação inicial da ferrovia que era a principal para o transporte do café no estado, em pleno centro de São Paulo, marca uma época de muito entusiasmo.
O projeto arquitetônico, elaborado por Cristiano Stockler das Neves e Samuel das Neves, premiado no congresso panamericano de arquietos de 1927, ocuparia uma área de 25.000 metros quadrados. Foi construída tendo como base as grandes estações de trem norte-americanas, como a de Nova York, porém com o estilo francês Luis XVI.
É uma construção grandiosa. São cerca de 215 metros de comprimento, 26 metros de altura, e a gare da estação tem mais de 40 metros de vão.
Sua construção demorou 12 anos. Concluída em 1938, a plataforma da estação foi construída com parte da estrutura metálica de um dirigível alemão que sobrevoava São Paulo na época.
Infelizmente, a estação viria a documentar e a testemunhar a degradação e abandono que se abateram sobre o centro de São Paulo, gerando um círculo vicioso de decadência e destruição.
Com a crise do café, as ferrovias perderam parte de sua importância. O centro da cidade entrava numa época de extrema decadência, e mais tarde, parte do complexo (o prédio usado como Estação, inaugurado em 1875, tendo como arquiteto, Ramos de Azevedo) foi usado pelo DOPS, o Departamento de Ordem Política e social (que visava conter os movimentos que eram contra o regime militar) de 1949 até 1983, quando foi ocupada pela delegacia de segurança pública. Hoje, faz parte do complexo cultural.
Condenada ao abandono, a Estação continuou mal-conservada mesmo depois da desocupação do prédio do DOPS. na década de 1990, porém, a situação começou a mudar.
A Estação Júlio Prestes foi transformada na sede da orquestra sinfônica do estado de São Paulo, e completamente restaurada. A Estação de trem continua funcionando, apesar de o grande hall da estação ter sido transformado numa das mais modernas e belas salas de concertos do mundo. A Sala São Paulo.
Foram 18 meses de obras, com centenas de operários, envolvidos na restauração e nas modificações necessárias. Em muitas partes do edifício ricamente decorado com esculturas, foram necessárias técnicas artesanais tradicionais, para manter as características iniciais. As obras de restauração ganharam prêmios como o Prix d' Excellence 2001 (aonde também foram premiadas obras como a do museu Guggenheim de Bilbao), além do prêmio "Master Imobiliário 2000".
A Sala São Paulo é uma sala de concertos de música erudita com 984 metros quadrados, com 1.500 lugares. Tem uma das melhores acústicas do mundo, além de ser a única sala de concertos onde todo o teto -flutuante- se ajusta à partitura usada.
A Estação Júlio Prestes pode ser tida como exemplo de restauração depois de anos de abandono. É este tipo de atitude que transformará São Paulo numa cidade que dá mais valor à sua cultura e história.
Complexo Cultural Júlio Prestes - Sala São Paulo
Praça Júlio Prestes, s/nº. Campos Elíseos - Centro. tel.: 223-5199/3097-8687. Próximo à Estação Luz do metrô.